Jul 1, 2012

toponimia reencontrada

Hoje pousei meio pé num mundo paralelo de gente que se encontra no domingo a tarde em volta duma pessoa despida para lhe desenhar as curvas e contrecurvas. Vida tão só, ou não, quem sabe.
Antes passei por baixo dumas árvores e eram amoreiras,  dos bichos da seda, das frutas de fazer feliz quem as apanha, e passei ao mesmo tempo que uma adolescente embrenhada numa chamada e demos juntas o mesmo grito, ela por fora eu por dentro, e juntas tentamos encontrar um ramo que desse para a apanha e encontramos e comemos e juntas ficamos com boca e dedos manchados de suco divinal, ela a falar sem desfalar, o telemóvel bem aconchegado, e eu a apanhar mais que ela, claro, com duas mãos.
Só agora escrevendo é que me dou conta é que as tais amoreiras crescem no cruzamento das Amoreiras. Alguém na câmara quis devolver um bocado do passado ao presente, ou assim qualquer coisa. Seja como for, obrigada.

o googooherse é de 2009. As árvores cresceram, o empreendimento parece-me que não. 

4 comments:

  1. des mûres ? c'est bien ça ? cr

    ReplyDelete
  2. oui oui oui. Des d'arbres, qui ne sont pas commercialisées parce qu'elles se défont illico en jus-qui-tache-à-mort. Tu connais?

    ReplyDelete
  3. non, je ne connais pas. C'est bien l'arbre qui me questionnait, je ne connais que les buissons! mais est-ce l'arbre qui est sur la photo ? belle semaine. cr

    ReplyDelete
  4. oui. les vrais pas les dessinés, qui sont des orangers fantômes. il y en avait énormément un peu partout où on cultivait les vers à soie ( qui ne mangent que ça, les feuilles pas les fruits) mais on les a presque tous arrachés à cause justement de ce jus qui tache et transforme leur ombre d'été en carnage collant. je les aime. belle semaine à toi aussi.

    ReplyDelete