Na primeira memória é uma faca de cozinha, 4 dedos de lámina gasta, meia-solta, num cabo ressequido. Uma etiqueta ainda a marca como prova num processo esquecido. Lembra-se de ter pegado nela, pensando um segundo se a levava ou não. Neste tribunal desactivado, quem iria dar pela falta dela?
Entra a segunda memória, a verdadeira : não era faca, era chave de fendas, fininha. Para que a quissesse levar, nesta altura, só podia ser ferramenta. E não levou, por uma espécie de nojo da imaginação. Teria morto alguém, a chave? Entrado entre costelas omoplatas clavículas? Encontrado o parafuso proibido que sustem o edifício?
Isto tudo porque ao acordar havia uma pergunta: Ter na palma da mão uma bala que foi parada por carne viva, o que faz à pessoa cuja mão isto é?
Jun 29, 2011
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