Jun 19, 2011

Ela, nasce e cresce nos trópicos. Aos trinta, vai trabalhar para o norte da europa. Arranja um quarto numa caserna transformada em alojamentos baratos, longe do centro. Está frio e triste. O quarto. Alguém, um colega, diz: alí atrás há um bosque. Passear nele faz bem. No domingo a seguir, ela vai.  Precisava, diz ela. Mas o bosque, ela diz, ainda chocada, o bosque era de uma árvore só. Ela não sabe o nome mas podemos pensar faia. Faia ou bétula. Um bosque de uma árvore só. Como uma multidão que fosse só de Mários, todos entroncados com as mesmas pernas tortas a sair do calção florido. Ou de Lauras, trança a voar, sempre atrasadas, pobres Lauras.

No comments:

Post a Comment