há uns anos li um livro.
hoje fui aos sítios em que o livro vive.
fui com sorte e fui com mapa, desenhado por quem escreveu,
lápis azul, letra difícil.
que tesouro!
(submerso tanta chuva)
sonoro e merecido como as vezes uma bofetada
o tesouro :
ver que quem escreve não descreve
óbvio, não?
ver, não perceber.
ver assim com o primeiro olho da manhã
quem escreve escreve
insemina
o tesouro pobre tesouro submerso está em todo o lado
oferecido
oferecido
quem sabe escrever escreve
e eu repentinamente cega tive de reaprender
nos cachos de chuva o que sempre soube quase sempre
ninguém escreve o que está
pelo que quem filma só pode filmar o que está
pode colocar lá o que estará quando filmará
mas só filma o que está.
faço tudo
May 18, 2011
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