Uma cigana entra no supermercado com a filhota. De imediato, sem se esconder, o vigilante vai no encalço delas. Elas parem, ele pára, colado, superior, inamovível. A mulher não liga, vai a procura do que precisa.
Ele, pernas abertas de tão gordo, sempre atrás delas, cada vez mais perto. De repente a miúdinha se vira para ele, um dedo no ar, minúscula professora ralhando numa lingua que ainda é só dela. Ralha-lhe e ralha, o dedo dança, o vigilante faz cara de enternecido, mas aperta as mãos uma na outra. Com força.
A mãe continua sem ligar.
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