O casamento da minha amiga Júlia acabou na praia. O almoço tinha sido mais selecto, mas agora estava lá toda a gente, uma pequena multidão. Houve mais copos, banhos, perguiças, e fogueira ao entardecer. Mas pouco à pouco, nós, as raparigas, fomos passando do riso à inveja (qual inveja, aquilo roçava o ciúme!). Porque debaixo de cada concha, atrás de cada duna, encontráva-se mais um rapaz lavado em lágrimas. Alguns tentavam disfarçar, outros faziam da tristeza enfeite. Todos a tinham amado, a Júlia, todos, à um momento ou outro, a tinham querido e, por uma parte deles, tido. (Tinha descarramento, um pudor de eclipse, uma beleza selvagem, e o apetite de quem está a crescer, Júlia).
Mas agora, adeus.
Meu Deus, quanto choravam.
May 30, 2009
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