Com o meu sobrinho entro numa loja de ferragens. (Tem 10 anos, a minha altura. Ele é que é alto, não eu anã. Enfim.)
Levo o olhar que mulher leva, quando entra nestes antros de masculinidade. A bola já caíu para o nosso lado há que tempos. Ferragens resistem.
- Quero um martelo.
- Martelo para quê?
O que é que me empurra para franqueza?
- Procurar fósseis, aqui com o míudo.
Não é que o homem se abre? De trilobita passa a gente, assim spuic. Me conta me explica me mostra. O sobrinho não pesca uma, o homem fala. Lourinhã, ah, Lourinhã.
- Leva uma destas, picaretinha de mão cheia, assim nem escopro precisa.
O míudo reluz. Custa 8.70.
Jul 27, 2010
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