O ano mal tinha uns vinte minutos quando a grávida puxou do bolso um bocado de toalha de papel rasgado. Virou-se para a amiga, grávida também ela. Com alguma dificuldade, leu em voz alta a lista inscrita no papel, um ano atrás, exacta hora, então em estado de alta embriaguez. Decifrou um a um os desejos do ano passado, meia-dúzia de ítens desbotados.
- ter um filho.
- começar o doctoramento
- ter um twingo
- não precisar de óculos
- o J encontrar trabalho
- que as minhas amigas tenham filhos.
Há um que não me lembro, mas lembro que ela disse que todos, a não ser um, se realizaram. O J. ainda não tem trabalho.
Jan 1, 2010
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