Disseram-me: pombos têem um medo atávico à cobras, qualquer vulto serpenteante chega para afugentá-los. Um resto de barro, alguma tinta preta, e à noite já estavam duas lindas cobras a dormitar no parapeito da varanda. Fui de viagem na manhã seguinte, não deu para avariguar a eficâcia do estratagema.Voltei curiosa de saber. Não tinha contado com dilúvios.
Assim as reencontrei, as minhas serpentes. Desfeitas, diluídas, de volta à sua origem de terra vermelha. E já que falo de reencontros: voltou-me às mãos a máquina fotográfica que tinha esquecido há mais de um ano nas portinholas de segurança dum aeroporto. Lá dentro, isto: e eu sem me lembrar donde é que isto vem.
arqueologia etnológica em aeroportos, boa.
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