Ontem atravessei a Avenida da Liberdade na altura da Barata Salgueiro. Calçada a portuguesa do mais bonito, do mais complicado, mas já passei por ali mil vezes, era noite e estava com pressa.
Eis que de repente... no meio do passeio central, o da direita de quem olha para o Marquês, vejo
um barquinho de pedras
perfeito com as suas velas içadas, emoldurado num círculo, palmo e meio de diámetro. Ao máximo. Em pedras brancas numa extenção de pedras brancas (os floreados pretos estão mais para baixo) está por assim dizer invisível. Camuflado. Desfarçado.
Terá sido pelo irresistível prazer da técnica dominada, para enganar o tédio, ou uma aposta com os colegas?
Como foi? Quando? E sobretudo, quem ?
Penso que cada vez que ele por ali passa- raras vezes, mora longe- deve sorrir para os seus botões ao sabê-lo ali ainda, o barquinho, invisível velejante.
A força que isto me dá.
Feb 26, 2008
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