Há três anos, usamos a bacia do lago de baixo do Jardim Botânico para fazer uma leitura. O lago, claro, estava a seco.
Hoje já não está. Há nenúfaros. Se tem problemas de infiltrações, este lago, é porque nasceu com outro intuito de todo. Foi escavado em 1887, era bem mais profundo, uns 50 metros, e dava acesso às obras do túnel do Rossio. Dois anos depois, quando a obra ficou pronta, resolveu-se não o aterrar por inteiro, transformando-o num lago, com cascata romântica e ponte de ferro.
Hoje já não está. Há nenúfaros. Se tem problemas de infiltrações, este lago, é porque nasceu com outro intuito de todo. Foi escavado em 1887, era bem mais profundo, uns 50 metros, e dava acesso às obras do túnel do Rossio. Dois anos depois, quando a obra ficou pronta, resolveu-se não o aterrar por inteiro, transformando-o num lago, com cascata romântica e ponte de ferro.
"A
construção do Túnel do Rossio teve início no ano de 1887 e foi
concluída em 1890. A obra do Túnel e da Estação do Rossio custou 730 mil
réis. Dois grupos de operários iniciaram os trabalhos no dia 21 de Maio
de 1887: um começou a escavar do lado de Campolide, outro na zona do
Rossio. Encontraram-se na noite de 23 para 24 do mesmo mês de 1888.
Inaugurado oficialmente, pela Companhia Real dos
Caminhos de Ferro Portugueses, no dia 11 de Junho de 1890, o Túnel do
Rossio foi atravessado a primeira vez pelo comboio, um ano antes, a 8 de
Abril de 1889. A viagem inaugural demorou cerca de 27 minutos, as
máquinas alimentadas a hulha circulavam, então, a 6 km por hora.
O Túnel do Rossio trouxe consigo a tão desejada
ligação ferroviária dos comboios nacionais e internacionais à cidade de
Lisboa, colocando a Estação do Rossio como principal centro ferroviário
do País. A Estação do Rossio, com o famoso Túnel, foi considerada a
maior obra de engenharia do século XIX.
Com o comprimento de 2.600 metros, o Túnel foi quase
todo escavado por entre rocha calcária. O maciço rochoso garante, por
si, a solidez da obra e a parede à vista é, na sua grande parte, apenas
um revestimento. São muitos escassos os elementos disponíveis relativos a
pormenores construtivos. No entanto, a não ser uma referência a grandes
pressões do terreno do lado esquerdo, entre os km 0,360 e 0,390 que
obrigaram a reforçar a entivação, não se encontram referências a
dificuldades que não se possam considerar normais.
"
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