Feb 3, 2010

A rapariga foi buscar o irmãozinho à escola, entram no metro à hora de ponta. O miúdo tem uma pergunta, urgente, que precisa de resposta imediata. A voz tão séria, em volta tudo se cala de curiosidade. Como é, mesmo, que se levanta a mão para pedir a palavra na aula? Palma aberta, dedos em leque, ou fechados, ou com um dedo só apontado ao céu? Os olhos pregados na irmã, o rapaz mostra as diferentes hipoteses. A irmã explica. Toda a carruagem sorri enternecida. Os velhos, os novos, todos sorriem. O pedinte cego não.
A memória colectiva tem olhos.

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