Jun 27, 2022

les pauvres restes du glacier du Rhône

 

o homem pede uma sandes de queijo sem manteiga e um galão. Há tanto tempo que não bebo galão, um dia simplesmente deixou de me apetecer. Um dia um dia um dia tive um amigo, Yoshiki, árvore florida, tinha um pouco de vergonha deste nome pouco masculino, tinha inteiro vergonha ele de ser isso, pouco masculino achava ele. Levou me ao mu, ao nada, a tumba do Ozu no cemitério de Kamakura, onde iam os casais nos inícios do namoro, não ao cemitério mas a Kamakura, há o mar e as árvores, floridas por vezes e será melhor para o romance se não o é para o sentimento da masculinidade. Yoshiki um dia deixou de lhe apetecer cinema, que tinha sido a sua vida. A volta dos cinquenta, de repente já não conseguia rever-se nas personagens, o poder de identificação murchou, caiu-lhe como uma muda de cigarra serpente. Um dia ficou outro e a vida era já só a vida dele e não mais também a vida dos tantos a qual tinha tido acesso pelas imagens sucessivas. Era pouca.


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