no café onde o nevoeiro entra pelas portas abertas um miúdo de olhos brilhantes bigode encaracolado traço seguro no lábio um miúdo fala sem niguém querer saber o meu bigode é preto mas o cabelo castanho o bigode disseram-me cresce da cor do cabelo mas é bonito então deixei
A avó embevecida finge-se sem paciência
A minha mãe tem muito jeito para desenhar bigodes.
A tua mãe? só se for por telefone! se riem as mulheres da mesa. O miúdo ri com elas. A mãe longe mas o bigode. Hoje é dia de bigode, a professora disse que se podia.
No fundo do café onde o nevoeiro, um velho olha pela janela.
Está mal para o carnaval, mas está bom para as favas.
Feb 28, 2014
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