Jan 9, 2012

desenhar entre zeroglotas

"mas acho que a beleza da "escritura desenhada" permite de ir mais longe, porque permite de "interiorizar" a diferença entre coisas. Não é um gesto heroíco, desenhar panoramas, mas um acto físico-inconscio de percepção, é escritura da realidade, a verdadeira realidade. É uma história em vôo, sempre em mutação, que muda tão lentamente, de percebir-la só muitos anos depois. ...seja em maneira compulsiva e distraida, o desenhar é em geral, uma forma para o quem esquece facilmente e não consegues memorizar a realidade que rodeiam. "

da introdução ao desenho panorámico, de Claudio Patanè, de quem não sei bem de onde é, mas suponho que Sicília.

2 comments:

  1. Vai de encontro ao que penso e vivo sobre a recordação. Recordo em imagens e não em filme, e talvez esses imagens estejam mais próximas do desenho do que da fotografia. Uma forma para quem esquece facilmente, pode ser. E quem lembra facilmente, o que lembra? E por que razão às vezes a única recordação que fica é o cheiro - sem som nem imagem?

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  2. http://www.stephenwiltshire.co.uk/
    isto é o que desenhicamente acontece aos que lembram quase tudo... o cheiro não consta.

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