Tem idade incerta, jovem.
Magro que parece impossível, doente, talvez dependente, cego, há anos que pede esmola no metro, a bater rítmos com a bengala, a lata das moedas, os varões-de-se agarrar. Põe tudo a ressoar, cada vez mais intricado.
Dizia: continuo a agradecer quem tenha a bondade ou a possibilidade de me auxiliar.
(Lembro, é da rítmica.)
Agora de facto já não pede nada.
Diz: olá minha gente amiga, não tenho onde cair morto mas também sou filho de deus.
E passa, percussivo.
Sep 1, 2009
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